Ivan Pavlov, nascido em 1849, médico
russo descobridor dos comportamentos que são reflexos condicionados,
nasceu na Rússia central. Estudou em um seminário ortodoxo, que depois
abandonou, mudando para estudos de medicina na Universidade de São
Petersburgo (Stalingrado ou Leningrado em diferentes épocas). A teoria
da evolução de Darwin, no auge da fama ao tempo de sua juventude,
levou-o a interessar-se profundamente pela ciência. Graduou-se em 1879 e
continuou seus estudos em química e fisiologia, principalmente nos
aspectos relacionados à digestão e à circulação sangüínea. Foi nomeado
professor da Escola Imperial de Medicina.
Enquanto
estudava a digestão de cães de laboratório, casualmente descobriu que
certos sinais provocavam a salivação e a secreção estomacal no animal,
uma reação que deveria ocorrer apenas quando houvesse ingestão de
alimento. Teorizou que o comportamento estava condicionado a esses
sinais, que habitualmente precediam a chegada do alimento, e que faziam o
cão antecipar seus reflexos alimentares. Pavlov procedeu
experimentalmente, fazendo soar uma campainha anunciando o alimento, e
constatou que em pouco tempo o cão respondia com salivação ao soar da
campainha, que passou a ser um estímulo e a provocar o reflexo da
salivação mesmo sem a presença da comida. Constatou também que não podia
enganar o cão por muito tempo, pois a falta da comida fazia que os
sinais perdessem seu efeito.
Em 1903 Pavlov publicou
os resultados chamando o fenômeno um "reflexo condicionado", que podia
ser adquirido por experiência, e designando o processo
"condicionamento".
Pavlov avançou a idéia de que o
reflexo condicionado poderia ter um papel importante no comportamento
humano e na educação, e logo sua descoberta tornou-se base para uma nova
corrente psicológica, o behaviorismo, fundado por John Watson em 1913.
Pavlov
recebeu o prêmio Nobel em 1904 de Fisiologia-Medicina pelas suas
pesquisas sobre a digestão alimentar. Famoso em seu país e no exterior,
tornou-se uma voz difícil de calar quando se opôs ostensivamente ao
regime comunista instalado no país com a revolução de 1917. Trabalhou em
seu laboratório até seu falecimento, na idade de 87 anos, em 1936.
John
Watson, psicólogo americano fundador da corrente behaviorista dentro da
Psicologia, nasceu em 1878. O pai, violento e desordeiro, abandonou a
família quando Watson contava 13 anos. Ambicioso e persistente, apesar
de pobre conseguiu entrar para a Universidade Furman aos 16 anos.
Recebeu o diploma de mestre após cinco anos de estudos, ingressando após
na Universidade de Chicago para doutorar-se em psicologia em 1903. Mais
cinco anos e foi nomeado professor de psicologia experimental e
comparada na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
Watson estudou as descobertas feitas Ivan Pavlov
na mesma época de seu doutoramento, e desenvolveu pesquisas semelhantes
em biologia, fisiologia e comportamento de animais, e também o
comportamento da criança, concluindo que o comportamento humano era sob
muitos aspectos semelhante ao comportamento animal. Com base nesta
constatação e inspirado nas descobertas de Pavlov, criou dentro da
Psicologia uma nova corrente, o Behaviorismo (Comportamentalismo).
Segundo ele, o comportamento dos organismos complexos responde a
situações de acordo com sua rede nervosa, a qual está condicionada pela
experiência. Em 1913 ele publicou um artigo expondo suas idéias e
estabelecendo as bases da nova corrente da psicologia, contrária à Psicanálise de Freud,
que considerava fantasiosa. Desprezou também a hereditariedade como
responsável por tipos de personalidade, que atribuía exclusivamente à
experiência e ao condicionamento do comportamento.
Suas
pesquisas com crianças e animais foram interrompidas pela Primeira
Guerra Mundial. Ele serviu o exército americano como psicólogo.
Posteriormente retornou à Universidade Johns Hopkins até 1920, quando
perdeu sua condição de professor e pesquisador devido ter um caso com
uma colega. Sua esposa divorciou-se e o escândalo levou a direção da
Universidade a solicitar que se demitisse. Sempre criativo e com grande
habilidade em promover-se, levou seu conhecimento de psicologia para o
campo da propaganda, chegando a presidente da J. Walter Thompson, uma
das maiores empresas de publicidade dos Estados Unidos.
Burrhus
Frederic Skinner, eminente psicólogo contemporâneo nascido nos Estados
Unidos em 1904. Lecionou nas Universidades de Harvard, Indiana e
Minnesota.
Em 1932, B. F. Skinner, da Universidade de
Harvard relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos
e ratos brancos. Para seus experimentos Skinner inventou um aparelho
que depois de passar por modificações é hoje muito conhecido e utilizado
nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa de Skinner.
Influenciado
pelos trabalhos de Pavlov e Watson, Skinner passou a estudar o
comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da
psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos
de ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do
professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.
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